A VELHA PERFORMÁTICA
ARTISTA: Vera Zimermam
CONTATO: @artedoagora
EM MOSTRA
Artista performática que surgiu com o movimento punk iniciado na capital paulista, “a velha performática” como ela mesma se chama. Vera Zimermam traz para a cena artística contemporânea o punk que se incorpora em traços da sua própria personalidade, trazendo referências de bandas como, sex pistols, the clash, lixomania e cólera, além de influências da moda de Vivienne Westwood, e Zandra Rhodes.
"A ocupação mistura tudo que sintetizo na minha arte, como vídeoarte, poesia, fotografia e influências pop de ambas as épocas".
OBRA: Òres
POESIA VENDIDA
Calça jeans
Blusa fechada
Cabelo de cores neutras
Bolsa preta
Cordão com Cruz
Carteira com cartões de crédito
Uma casa no “Bela Vista”
Um Frango assado com maionese e farofa no Domingo
Os filhos em volta da mesa …
Eu não sou isso
Vocês me transformaram nisso
Me dobraram pra caber nessa sociedade
Eu sou o contrário
O superávit
O que vocês não imaginam
No meu fone de ouvido “God save the queen”
Eu sou a porra de uma velha punk sim
Essa noite vou ouvir meu rock até a madruga
Acordar os vizinhos
Descolorir meu cabelo
Mandar meu marido chato pra puta que pariu
Eu vou me rebelar
Botar pra fora tudo o que guardei durante esses anos chatos.
+ + + +
A SOCIEDADE QUE VIVEMOS
Sou o seu mal
A inveja
A estraga prazer
A ignorância
A mentira
O desastre
O mal humor
Sou todos os erros que você me transformou
Me fazendo enxergar em mim o que não é bom
Sou o erro mais errado
Algo que foi criado
Uma velha
Uma panela que você ferve seu leite podre
Eu sou tudo aquilo que vocês dizem
Fora da curva
Eu assumo esse papel
Pode me chamar de antagonista de tudo que dizem "certo"
UMA VELHA BURGUESA E PATRICINHA QUERENDO APARECER
Assim que me taxam, a sociedade sempre quis me compactar para caber em seus moldes, em suas caixas, se case, tenha filhos, construa uma família, compre uma linda casa na porra do Bela Vista. Pregaram isso na minha cabeça, não beba, não fume, não fale palavrão, não se vista assim, afinal você é mulher, mulher, mulher, mulher, que palavra mais bosta.
Quem sou eu ?
As esquinas do meu coração não levam a nada
São como cidades desabitadas
Casas sem pessoas
Na tocaia espreita o bandido
Anseia assaltar o único morador da cidade
Se ele pega o que me sobrou nada sobra para mim
Ele mora na cidade eu também
Ele não sabia de mim
Por que até então eu era invisível
Ele não me via
Mas eu o via
Andava pelas ruas sem rumo
Entrava em lojas e corredores que não levavam a nada
Eu me escondia atrás das cortinas.
ASSIM QUE ME SENTIA, VIVENDO UMA VIDA QUE NÃO É MINHA,
MAS AGORA EU ME LIBERTEI.
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